segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O homem e a mulher

Minha irmã pediu
e eu posto aqui
a tradução do poema
de Victor Hugo
"L'homme et la femme".

"O homem é a mais elevada das criaturas.

A mulher é o mais sublime dos ideais.

Deus fez para o homem um trono;

Para a mulher um altar.



O trono exalta; o altar santifica.

O homem é o cérebro; a mulher o coração, o amor.

A luz fecunda; o amor ressuscita.

O homem é o gênio; a mulher o anjo.



O gênio é imensurável; o anjo indefinível.

A aspiração do homem é a suprema glória;

A aspiração da mulher, a virtude extrema.

A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.



O homem tem a supremacia; a mulher a preferência.

A supremacia representa força.

A preferência representa o direito.

O homem é forte pela razão; a mulher invencível pelas lágrimas.



A razão convence; a lágrima comove.

O homem é capaz de todos os heroísmos;

A mulher de todos os martírios.

O heroísmo enobrece; os martírios sublima.



O homem é o código; a mulher o evangelho.

O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.

O homem é o templo; a mulher, um sacrário.

Ante o templo, nos descobrimos;



Ante o sacrário ajoelhamo-nos.

O homem pensa; a mulher sonha.

Pensar é ter cérebro;

Sonhar é ter na fronte uma auréola.



O homem é um oceano; a mulher um lago.

O oceano tem a pérola que embeleza;

O lago tem a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta.



Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.

O homem tem um fanal; a consciência;

A mulher tem uma estrela: a esperança.

O fanal guia, a esperança salva.



Enfim...

O homem está colocado onde termina a terra;

A mulher onde começa o céu...

sábado, 2 de outubro de 2010

CRISE

Oriunda do latim, o termo crise tem a mesma equivalência da palavra vento.

Indica, assim, um estágio de alternância, no qual uma vez transcorrido diferencia-se do que costumava ser.


 

Na crise existem dois tipos de pessoas, aquelas que choram e aquelas que vendem lenços.

Qual o tipo de pessoa você é?


 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A cara do Brasil...

Brasil!!!

Mostra a tua cara

Quero ver quem paga

Pra gente ficar assim

"Cazuza"

Canção do Exílio


 

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves que aqui gorgeiam,

Não gorgeiam como lá.


 

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.


 

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sábia.


 

Minha terra tem primores,

Que tais eu não encontre cá;

Em cismar - sozinho, à noite-

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sábia.


 

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que eu não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.


 

Gonçalves Dias


 

    
 

Canto de regresso à pátria


 

Minha terra tem palmares

Onde gorgeia o mar

Os passarinhos daqui

Não cantam como os de lá

    

Minha terra tem mais rosas

E quase mais amores

Minha terra tem mais ouro

Minha terra tem mais terra


 

Ouro terra amor e rosas

Eu quero tudo de lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que eu volte para lá


 

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte pra São Paulo

Sem que eu veja a Rua 15

E o progresso de São Paulo


 


 

Oswaldo de Andrade


 


 


 

domingo, 19 de setembro de 2010

Você é...

Você é o sol da minha vida a minha verdade.
A minha alegria, minha felicidade.


Atrás das nuvens de escuras da tempestade o sol brilha radiante.

Itabira


Este post é em homenagem a uma grande amiga minha.
Ela é de Itabira. E sempre relata as histórias do minério de ferro, da Vale e da gente de Itabira.
Quando ela conta, eu relembro aquele velho conhecido nosso, o poema: Confidência do Itabirano.
Penso naquela gente que tem 90% de ferro nas calçadas e 80% de ferro nas almas.
Penso no jeito calado, na cabeça baixa.
Lembro desse povo que tem uma maneira especial de sofrer e amar. E reflito sobre o alheamento perante a vida.
Agora minha amiga vive aqui em Belo Horizonte e assim como para o poeta, Itabira é apenas uma fotografia na parede.
E como dói.
Saudades de Carlos Drummond de Andrade.
Uma homenagem a todos os itabiranos.

domingo, 12 de setembro de 2010

Como dizia o poeta

Quem já passou por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor qu enão compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra quer somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não

Vinícius de Moraes

A origem da palavra COMPANHEIRO

Quem poderia imaginar que a palavra primitiva que deu origem a "companheiro" é pão.

Isso mesmo, companheiro é aquele que come do mesmo pão.

Se recorrermos ao passado (estudo diacrônico) a palavra companheiro traz a mesma raiz de "pão" e com – é prefixo.

Legal, não acha?

Ser companheiro então é passar um tempo junto e dividir o mesmo pão.